População indígena apresenta maior taxa de incidência de tuberculose
Imagem: divulgação |
Um
estudo inédito sobre a tuberculose, segundo o quesito raça/cor, revelou que os
indígenas apresentaram as maiores taxas de incidência da doença no Brasil
durante o período de 2008 a 2011, com incremento de cerca de 10% de novos
casos. O maior percentual de mortalidade, porém, foi entre os negros (3,4%).
O
resultado faz parte da pesquisa “Tuberculose no Brasil: uma análise segundo
raça/cor”, desenvolvida pelo pesquisador Paulo Victor de Sousa Viana e
apresentada na sessão científica do Centro de Referência Professor Hélio Fraga
da Escola Nacional de Saúde Pública – Sérgio Arouca (ENSP), no dia 10 de junho.
O pesquisador foi bolsista de iniciação científica no Instituto Leônidas e
Maria Deane (ILMD / Fiocruz Amazônia), de 2006 a 2011, onde desenvolveu o
estudo ‘Morbidade Hospitalar por Tuberculose e seus fatores associados no
Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV)’ orientado pelo pesquisador da
Fiocruz Amazônia, Jesem Douglas Yamall Orellana.
A
análise, que teve como fonte de dados os casos novos da doença notificados pelo
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), contemplou todo
território nacional e suas macrorregiões, as variáveis sociodemográficas (sexo,
faixa etária, escolaridade e zona de residência) e clínicas (forma clínica,
exames complementares empregados para o diagnóstico tuberculose/HIV), além de
indicadores de desempenho do programa de tratamento – todos com base no quesito
cor/raça.
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