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Instituto de Ciências Exatas (ICE) investe em pesquisa de nanotecnologia


O Grupo de Pesquisas em Materiais (GPMat) vinculado ao Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas (ICE), iniciou estudos na da tecnologia nano, tendo como ponto de partida a exploração de novas propriedades em nanomateriais. No Laboratório de Materiais (LABMAT) são criadas as novas estruturas, onde também são observadas e medidas.

O aluno e bolsista de iniciação científica Gleison Adriano da Silva, que faz parte do GPMat e recentemente iniciou uma nova pesquisa, explicou ao Portal UFAM  um dos tipos de fabricação de nanomateriais: “Outra rota de fabricação ou síntese destes materiais consiste partindo já de um bloco sólido para se obter as nanoestruturas, do macro para o nano. Mistura mecânica (moagem) que fazemos aqui no LABMAT, (vírgula) por exemplo, e também proporciona a obtenção de nanopartículas.  Uma das grandes vantagens da nanotecnologia é que os materiais com tamanho nano absorvem calor facilmente e a temperatura de fusão diminui no caso de sólidos. Este é apenas um exemplo de como os nanomateriais diferem dos demais materiais não nano, microestruturados ou macroestruturados”.
O estudo das nanoestruturas e suas aplicações se mostra indispensável em uma sociedade informacional e tecnológica. Seja pelo aproveitamento mais eficiente de células solares que geram energia elétrica ou pela diminuição de aparelhos eletrônicos como smartphones, a nanotecnologia está presente em nosso cotidiano e nas pesquisas acadêmicas, como evidenciam os resultados do Grupo de Pesquisas em Materiais da Ufam.
Compartilhando conhecimento
Recentemente, o artigo "Structural, optical and thermal characterization of nanostructured CdSe obtained by mechanical alloying", resultado do trabalho de Iniciação Científica do aluno Gleison Adriano da Silva, orientado pelo professor Sérgio Michielon de Souza, foi publicado pela revista holandesa, criada em 1968, Journal of Molecular Structure. O trabalho estuda o material nanoestruturado CdSe que tem despertado interesse em diferentes segmentos de pesquisas. No que tange à pesquisa aplicada, esse material pode ser usado em dispositivos optoeletrônicos, células solares e biosensores fotoquímicos.
Além desse artigo, o acadêmico apresentou durante a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada no mês de julho no Acre, outro trabalho recente com aplicações em baterias secundárias de íons lítio “Structural, thermal and optical studies of nanocomposite powder NiSb+Sb produced by mechanical alloying”. Os dois trabalhos concorrem ao Prêmio Bernhard Gross no XIII Encontro da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), que acontece no fim de setembro em João Pessoa.

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